segunda-feira, 10 de maio de 2010


Vives entre quartos infindos firmados em paredes de ausência. Desenhaste janelas sem trinco, pontes submersas, fundos falsos e vais pintando esse castelo de fumo com as cores garridas de um orgulho feliz. Porque te lembra a voz feiticeira… Filha, sorri, sorri sempre. Esconde a lágrima e o pesar, não lhos mostres. És linda e ainda hás-de ser muito feliz.
Talvez as portadas desse castelo se abram um dia em verdade. Vestes de branco, porque hás-de nascer.


Lutaram corpo a corpo com o frio
Das casas onde nunca ninguém passa,
Sós, em quartos imensos de vazio,
Com um poente em chamas na vidraça.
Sophia

4 comentários:

  1. Mesmo tristes, são sempre lindas as palavras que escolhes...

    Di*

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  2. Menina!!!!!! O primeiro texto é seu??? Mas a escritora está feita. Dê-lhe forma, Elisabete!

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  3. Dá gosto passar por aqui e mergulhar em cenários habilmente tecidos com sensibilidade, sonho e talento.
    Não desista, E.A., porque as portadas do castelo hão-de mesmo abrir-se.

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