quinta-feira, 15 de abril de 2010

"Há no médico o desejo de ser santo, de ser maior. Mas na sua memória transporta, como um fardo, olhares, sons, cheiros e tudo o que o lembra de ser menor e imperfeito.
Este é um livro de confissões. Uma peregrinação interior em que a bailarina torce o pé, o saltador derruba a barra, o arquitecto se senta debaixo da abóbada, e no fim, ela desaba.O médico e o seu doente são um só, face dupla da mesma moeda. O médico provoca o Criador, não lhe vai na finta, evita o engodo. Mas no cais despede-se, e pede perdão por não ter sido parceiro para tal desafio."

Sinto Muito, Nuno Lobo Antunes

1 comentário:

  1. Está na minha cabeiceira e nunca há-de sair de lá, não só por ser um dos livros mais fantásticos que alguma vez li, mas porque foi um presente que representa muito para mim... só lá faltam umas palavrinhas tuas :) ~

    Di*

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