domingo, 14 de fevereiro de 2010

Amor.

Escrever amor.
Esta noite, rodeei-me de palavras que dizem amor. E um coração de vidro estalou de comoção por se encontrar aí, nesse espaço feito de palavras ternas, espreitando os olhares que se fitam com a urgência desesperada de um querer sem freio ou medida.
Percebi que amor já foi escrito muitas vezes. Mas, de cada vez, em cada coração, há um mundo que nasce. Cada novo dito tem a beleza de um sentimento que nasceu puro e intocado. Também eu gostaria de escrever amor. Como quem procura. Como quem espera encontrar. Mas como se escreve o estremecimento da alma? É difícil escrever todas as palavras do mundo; ou o silêncio gritante, que surge como marca de um pasmo ou rendição.
O amor como fraqueza da alma. A fraqueza mais forte. O amor como uma medida do impossível. Mas uma impossibilidade tão certa…
Escrever amor. Não sei e por isso calo. Calar amor. Calar amor no silêncio comovido de um coração que bate no compasso de um sentimento sem nome.

4 comentários:

  1. "Calar amor. Calar amor no silêncio comovido de um coração que bate no compasso de um sentimento sem nome."
    Calei muitas vezes amor.Calei, chamando por ele com tremor, com arrepio e silêncio de facas aguçadas.Calei amor quando o queria solto.Calei amor sufocada de lágrimas e angústias e esperas. Calei amor mas nunca deixei de amar. Ainda hoje o calo.

    Um beijinho, Elisabete!

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  2. Apesar das "lágrimas e angústias e esperas", que o coração humano seja capaz de sentir sempre. Com ânsia. Com sede. Com desespero.

    Um beijinho muito grande, Ibel!

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  3. Nao o cales....
    Escreve-o com a fantasia do teu ser e talvez um dia essas palavras possam ser gravadas na tela da realidade.

    Beijinho grande
    Diana R.

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  4. Escreve o "amor" com a tua escrita poética, linda, que eu gosto tanto.
    A foto da rosa está "tecida" com um olhar estético que só quem sente a beleza do mundo é capaz.
    Isabel

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