terça-feira, 8 de fevereiro de 2011


Os dedos que seguram o livro estão gelados. Leio e não entendo, mas leio. Porque há nestas palavras que os meus olhos recolhem com gula uma toada encantatória onde se reconhece a minha loucura. Não posso forçar o entendimento, a inteligência ou a sensibilidade, mas enxergo com uma clareza fria os espaços vazios naquilo que sou. Olho a direito com olhos que não sossegam e se remordem na certeza de que mais acima há um céu de azul e prata. O que me distingue não é o que sou, antes a vontade de ser. E nesta vontade, bravia, selvagem, indómita, me faço Rainha.

7 comentários:

  1. Elisabete,
    Sem mais, bendita loucura!

    Beijo :)

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  2. Os dedos podem estar gelados, mas a alma emana um calor apetecível, digno de uma Rainha...

    Beijinho

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  3. E.A.
    Maravilha de textos. Um visual diferente, em minha opinião, para melhor. Adorei.
    Beijinhos
    Caldeira

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  4. Já tinha saudades dos teus textos, da sensibilidade da tua escrita. O tempo voraz rouba-me os minutos, às vezes, para o essencial.
    Gostei do novo visual do blog.:)
    Bjinhos

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  5. Maravilhoso o seu texto! Adoro ler coisas escritas com a alma e o seu texto está assim.
    Os vazios nos assombram mas o que é mais bonito é que você deseja sobretudo SER.
    Gd beijo

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  6. O que a distingue, minha Elisá, é precisamente aquilo que é e a vontade de o ser.Se fosse diferente não desenhava asssim a escrita. E não acredito nos dedos gelados, embora surta um efeito estético maravilhoso. Como tudo. Tudo o que entorna dessa alma deliciosamente inquieta.

    Beijinhos, Elisá!

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  7. Minha querida, ler-te é um privilégio... e dos grandes! Adoro tudo o que vc escreve. Seus textos tem uma carga de sentimentos que são irretocáveis. :)

    Amei!

    Beijinho de luz pra vc!

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