sábado, 30 de janeiro de 2010


Terror de te amar num sítio tão frágil como o mundo.
Mal de te amar neste lugar de imperfeição
Onde tudo nos quebra e emudece
Onde tudo nos mente e nos separa.


Sophia de Mello Breyner Andresen, Coral

5 comentários:

  1. Só não conhecia o texto do Virgílio Ferreira e fiquei tolhida de espanto e de pequenez.Sophia e Eugénio basta começar a ler para se sentir a música que os caracteriza.
    "Chamo por ti e o teu nome ilumina
    As coisas mais simples:
    O pão e a água, a cama e a mesa
    Os pequenos e dóceis animais
    Onde também quero que chegue o meu canto
    E a manhã de Maio"

    Eugénio de Andrade

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  2. A poesia de Eugénio de Andrade é uma carícia, um gesto de delicadeza, um afago no rosto... frágil, como só as coisas puras podem ser. Não há gritos, apenas a voz branda que nos lembra a naturalidade da vida e do sentimento.
    Vergílio Ferreira é um autor que me diz muito. Quando li aquele texto pela primeira vez, também eu me senti assim, submersa num sentimento sem nome. A Palvra é um dom tão belo. Nunca deixarei de me sentir grata por ser capaz de sentir através delas.

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  3. "...a poesia é uma carícia, um gesto de delicadeza, um afago no rosto..." só quem tem o dom de sentir as palavras pode escrever esta apreciação.Sempre vi em ti esse dom.
    bjinhos.
    Isabel

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  4. Sempre viu em mim mais do que eu sou... Em todos estes anos, foi a pessoa que mais me incentivou e, hoje, estou-lhe tão grata por isso. Obrigada (vem-me do fundo do coração).

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  5. Duas Isabéis e uma Elisabete escutando o meemo arfar da palavra à procura de uma qualquer claridade nova.
    Beijinho, Elisabete!

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