sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

"Haverá um destino para cada um de nós?"


Não.
Escrevemos a vida. Mão firme ou hesitante, mas nossa.
Partir ou ficar, sou eu quem decide.
O que somos, o que vamos sendo… Depende de nós. Há o acaso, há a circunstância, há a vida, mas a força da nossa vontade é maior, deveria ser maior.

Sim.
Há um destino, na medida em que há um sonho; sonhos a nascer descontrolados dentro de nós.
Há um destino, na medida em que há algo que amamos, sejam pessoas, lugares, palavras.
Há um destino na medida em que amamos alguém ou alguma coisa sem sabermos porquê.
Há um destino porque, se a mudança é possível (e eu acredito que sim), há um espaço muito íntimo no interior de cada um de nós onde nada chega, um espaço com um cunho de imutabilidade.
Há um destino na medida em que, e tantas vezes desejei que assim não fosse, no essencial, somos o que somos.
Há um destino e, por força de tanto querermos, haveríamos de lá chegar.
Há um destino, porque a maior tristeza do mundo é a traição a nós mesmos.
Há um destino, só não sei se somos nós que o traímos ou se é a vida que nos trai, quando passa e não nos olha.
Há um destino, nem que seja um destino incumprido…
(Para ti, mana, porque gostaste e soubeste dizê-lo... porque gostas sempre...)

1 comentário:

  1. Uma boa questão filosófica. Mais um texto de riqueza vocabular onde as palavras se afirmam com convicção.
    Desejo muito sucesso nos estudos.
    Bjinhos
    Isabel

    ResponderEliminar