quinta-feira, 29 de julho de 2010



Esta é a minha resposta ao desafio que me foi proposto pelo AC:

Porque é que criou um blogue e, quando o criou, tinha expectativas de que fosse popular?

A minha relação com as palavras, através da escrita e, fundamentalmente, da leitura, é antiga. Conturbada, é certo, mas antiga. Momentos há em que me afasto, mas esta é a casa onde acabo sempre por regressar. Sempre.
Quando entrei para a faculdade, já lá vão três anos, deixei de escrever. De quando em quando, muito esporadicamente, lá ia escrevendo um texto ao outro e, mais recentemente, enviava à professora Isabel para que lesse. Talvez procurasse uma palavra de incentivo. Esta senhora acreditou sempre…
Criei este blog nesta última passagem de ano, com a ajuda do meu primo Marco. Era uma ideia que namorava há algum tempo, mas…
Acreditei, largos tempos, que escrevia para mim. Hoje não sei. Se ninguém me lesse, teria eu a coragem de me achar capaz? Hoje não sei. Preciso que me leiam.

Em que data exacta iniciou o blogue?

Como já referi, criei este blog na passagem de ano. Por isso, existem apenas dois posts de 2009.

Nomeie cinco seguidores leais.

A professora Isabel foi a primeira leitora deste blog, como não podia deixar de ser. Foi ela que trouxe até mim a Ibel, a minha fada boa, que eu acredito que me abraçou para a vida. Depois veio o AC. Se ele pudesse imaginar quantos sorrisos de contentamento as suas palavras cheias de ânimo e incentivo desenharam no meu rosto…
A Diana Cabral, com as suas palavras cheias de carinho... Lembro-me do caderninho de Fernando Pessoa que me ofereceste um dia para que eu escrevesse.
E a minha mana pequenina que, muito embora nem sempre perceba, nunca deixou de ler.
Mas não me esqueço das pessoas que me seguem em silêncio.
Às pessoas que chegaram mais recentemente, expresso o desejo que fiquem…

E pronto… É mais ou menos isto. Para terminar, e para vós, aqui fica uma mensagem que Saint-Exúpery…

Cada um que passa na nossa vida passa sozinho, pois cada pessoa é única, e nenhuma substitui a outra. Cada um que passa na nossa vida passa sozinho, mas não vai só, nem nos deixa sós. Leva um pouco de nós mesmos, deixa um pouco de si mesmo. Há os que levam muito; mas não há os que não levam nada. Há os que deixam muito; mas não há os que não deixam nada. Esta é a maior responsabilidade da nossa vida e a prova evidente de que as pessoas não se encontram ao acaso.

8 comentários:

  1. Elisabete,
    Gostei muito de saber mais pormenores acerca da sua relação com a escrita. Espero que ela seja duradoura, pois salta à vista de todos o seu enorme talento.
    Uma palavra também para a prof.ª Isabel Laranjeiro, que sempre te encorajou. Professores assim fazem a diferença.

    Beijo

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  2. E.A.
    Vim aqui parar por sugestão do A.C., meu amigo de há muitos anos.
    Gostei imenso da resposta que deu ao desafio que ele lhe lançou mas, gostei, sobretudo, do seu post de 26 de Julho p.p.
    Vi que é uma jovem estudante de 21 anos - tem idade para ser minha neta - mas que demonstra uma maturidade e um conhecimento que está acima da média. Sensibilizou-me a forma como aborda a escrita com afectos.
    Vou voltar e visitar este espaço sempre que possa.
    Deixo-lhe o convite. Se puder e quiser passe pelo portugalprofundo, no endereço http://covadabeirainterior.blogspot.com/ e dê-me a sua opinião, já que o meu espaço começou muito depois do seu.
    Beijo
    Caldeira

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  3. Gostei de a "conhecer" desta forma.
    A sua escrita é cativante e deliciosa. Gosta de se ler e de se sentir. Já li vários dos seus textos e parece que cada um desperta "algo" dentro de mim...

    Continuarei a visitar este seu espaço e espero poder "levar um pouco de si, bem como ir deixando um pouco de mim" ! :)

    É que "as pessoas não se encontram ao acaso." não é verdade, AC? Obrigada!

    Beijinho, E.A.

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  4. Emocionaram me as tuas palavras e emocionaram me as palavras de carinho que já aqui te deixaram.

    É realmente com toda a justiça que este blog vai crescendo em seguidores.

    Espero que nós, fieis companheiros nesta tua aventura, te consigámos dar o alento para escreveres sempre!

    Obrigado pelas palavras!

    Ps: Ontem falei a alguem das coisas que me prendem a coimbra, como é bom recordar te!

    Um grande beijinho de saudade*

    Diana C*

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  5. Obrigada a todos, mas, ao Zé e à JB, uma palavra especial... muito grata pela visita e pelo incentivo. Como disse em cima, espero que fiquem. :)

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  6. Querida Elisabete.

    Não sei se sou fada boa. Talvez seja.Dizem que sim.A minha mãe dizia que eu tinha coração de pomba...Pomba ou fada,tenho braços e esses vão abraçá-la, até que o «dia» chegue.
    Adoro o Principezinho e uma princesa de palavras...quem será?

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  7. Estávamos em 2004/2005, ínicio do ano lectivo. Entrou na sala de aula uma menina que nunca mais deixou de ser a minha âncora de palavras e leituras. Tinha quinze anos e de uma maturidade, responsabilidade,solidariedade, impressionantes para a idade. Um dia disse para a minha irmã: "Deus quando criou a Elisabete, depositou nela tudo o que de bom tem o mundo. Ela concentra a beleza, a bondade, a solidariedade, a simplicidade, cultiva todos os valores positivos, para além de ser sobredotada para os estudos". A humildade e delicadeza da Elisabete não lhe permitem dizer que concluiu o ensino secundário com classificação acima da média, eu orgulhosamente, como professora posso dizê-lo.
    Guardo com carinho o livro que me ofereceu no final do ano lectivo que reune todos os textos e trabalhos que foi conctretizando. Deixo aqui uma frase do prefácio desse livro: " A Filosofia foi uma descoberta, uma espécie de luz que despontou na minha existência, uma janela que se abriu e me permitiu perscrutar os mistérios do mundo e da própria essência humana." Segue essa luz, Elisabete, vai, vai devagar, tens sempre a minha força, os meus trilhos da natureza e da alma onde podes repousar.
    Bjinhos.

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  8. Elisabete:
    em 1º lugar muito obrigada pela vista e pelo rasto com pegada que deixaste no meu blog. gostei muito de te sentir por lá. peço ao mesmo tempo desculpa por não te ter respondido logo.
    ...
    Gostei de te conhecer, um pouco, através das tuas próprias palavras, assim como das da tua professora, Isabel Laranjeira.
    Peço desculpa de te tratar por tu, mas por norma eu trato todos por tu,salvo raríssimas excepções.no entanto, se isso te incomodar, é só dizeres.claro está que espero que me retribuas o mesmo tratamento.
    deixo-te um beijo no coração.

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